Tradução simultânea nos celulares?

Desde que o google tradutor passou a fazer parte de nossas vidas, não dá para sentir assim tanta inveja do Jô soares e sua fluência em aparentemente todos os idiomas falados pela humanidade, é claro que, eventualmente se comete uma gafe ou outra ao se traduzir ao pé da letra, mas é de várias maneiras reconfortante não entrar em pânico quando se depara com um site em russo.

O querido Google quer então estender essa maravilha da tradução simultânea para os smartphones, isso mesmo, agora você poderá falar com alguém em africâner sem sequer saber como se diz “bom dia” na língua nativa dos sul-africanos.  

A notícia melhor ainda é que o Google não pretende cobrir apenas as línguas “mais faladas” no mundo, mas todos os idiomas suportados pelo Google tradutor. É verdade que são “apenas” 52 das 6000 línguas faladas no mundo, mas não se pode reclamar da falta de variedade mesmo assim, a última língua adicionada ao banco de dados deles foi “creole haitiano”, não é como se a gente achasse muitos cursinhos de idiomas com essa opção por aí.

O Google admite que trabalhar como voz vai ser bem mais difícil que trabalhar com textos por causa da variedade de sotaques e entonações usadas em todo o mundo. “O maior desafio é combinar traduções automáticas e reconhecimento de voz de alta precisão” disse Franz Och, chefe de serviços de tradução do Google “Cada um tem uma voz diferente com um sotaque e entonação próprios, mas o reconhecimento nos telefones móveis devem ser efetivos porque eles são por natureza pessoais para você” conclui ele.

A idéia é por o telefone tradutor no mercado dentro dos próximos anos e contar com a ajuda do usuário para aperfeiçoar o dispositivo como já acontece com a maioria dos produtos do G-Force.

Especialistas em lingüista ainda se mostram desconfiados com o projeto e bem céticos de que o telefone tradutor vá funcionar. Mas a verdade é que, polêmicas com privacidade do usuário à parte, é difícil não sentir simpatia por uma empresa que tem projetos tão ambiciosos como esse. Eu mesma estou imaginando se o Google não vai querer reescrever a história da torre de Babel.