Se minha Cyber-Shot falasse... opa, o C905 fala!

Vai uma câmera Cyber-Shot de 8 megapixels, com autofoco, estabilizador de imagem, detector de face, PictBridge, tela LCD de 2,4 polegadas, ISO automático do 100 ao 400 e flash? Mas é flash de xenônio, porque se trata do Sony Ericsson C905. Isso mesmo, é um celular.

O C do nome se refere a Cyber-Shot. E o design já denuncia tudo. Com o teclado escondido, o celular se passa por câmera facilmente. Na parte superior, assim como as câmeras normais, tem botão de disparo, zoom de 16 vezes, mas apenas digital, e ajuste de modo (filmagem, foto ou visualizar arquivos).

Ao lado da tela, há dois botões pequenos. Um seleciona o modo de cena, o outro o tipo de foto. Na parte de trás, há uma proteção que abre para revelar um flash e uma lente para a câmera, que ainda permite filmagem, do tipo QVGA – 320 por 240 pixels e 30 quadros por segundo.

Mesmo com essas características, a câmera não tem desempenho tão extraordinário quanto parece. Além de as fotografias não terem a qualidade das verdadeiras Cyber-Shots, cada clique demora 0,5 segundos. Mesmo no modo BestPic, que registra sete fotos sequenciais, a demora incomoda um pouco.

Como celular, o aparelho tem quase todos os principais recursos do mercado, merecendo muitos elogios. Para começar, tem suporte a tecnologia 3G, GPS e navegador assistido pela rede celular, Wi-Fi no padrão 802.11g e Bluetooth. Para fazer a localização global, o software incluso é o Wayfinder Navigator, com mapas do Brasil, mas licença de 3 meses. Vem também com Google Maps. E já que ele tem essa tecnologia, as imagens clicadas têm o recurso de geotagging, que marca o local onde a foto foi tirada.

Como se não bastasse a câmera principal, ainda há uma CIF (352 por 288 pixels), para videoconferências. É pior que uma câmera VGA, mas os camerafones, em geral, costumam nem ter uma secundária.

A tela de 2,4 polegadas tem resolução de 240 por 320 pixels e apresenta 262 mil cores. Ela tem reconhecimento de inclinação, rotacionando a imagem caso o celular saia da posição vertical e fique na horizontal.

Um recurso legal é o TrackID. Quando se ouve uma música na rádio, ou vinda de algum outro aparelho, basta ativar esse aplicativo que ele a reconhece e mostra o nome do artista e da faixa. O player do C905 reproduz arquivos de som com extensão em MP3 e AAC; MPEG-4, para vídeos; e sintoniza rádios de frequência FM. Para melhorar, poderia ter, pelo menos, visualizador de arquivos do Office.

O slot para cartões de memória é do tipo M2 (adaptador para SD e microSD). Já vem um com 2 GB de espaço, mas o celular aceita até 8 GB. Tem e-mail push e saída para a TV. Tanto o conector USB quanto o de fone de ouvido são proprietários, o que é uma pena. A bateria durou 555 minutos.