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"Espera-se que equipamentos se tornem mais acessíveis até o final de 2010."
Quem se conecta à internet por meio das plaquinhas 3G das operadoras de celular também pode compartilhar a conexão com outros computadores da casa a partir de uma rede sem fio. Nesse caso, é necessário um roteador específico, compatível com a banda larga móvel.
O mercado de roteadores 3G, porém, ainda é incipiente no país. Esses equipamentos têm preço alto em razão da baixa escala de vendas, mas deverão ficar populares até o final de 2010, na avaliação do analista de telecomunicações Vinicius Caetano, da consultoria IDC Brasil. Deve-se levar em conta também a qualidade limitada do acesso 3G no país:
Passamos por um período de problemas de qualidade de acesso, com as pessoas reclamando muito. Se o 3G não está 100%, imagina ter de dividir a conexão com outras pessoas – pondera Caetano, lembrando que, com o investimento das operadoras para melhorarem suas redes e cobertura, deve subir a demanda já crescente do 3G, puxando junto as vendas desses roteadores.
Hoje, a grande procura é do mercado corporativo, explica Giovani Pacífico, gerente de produtos para telecomunicações da fabricante D-Link. As empresas usam a tecnologia como uma redundância de conectividade: se a internet fixa cai, a conexão móvel assume. Esse sistema foi adotado, por exemplo, pela rede de lanchonetes McDonald’s em 44 pontos de venda no país.
Também há grandes empresas de segurança que estão criando projetos de sistemas de monitoramento com uso de roteadores 3G. Uma possibilidade é colocar câmeras de vídeo IPs (que se conectam à internet) dentro de ônibus. O roteador pode ser ligado na bateria do veículo – acrescenta Charles Blagitz, gerente geral da Coletek, empresa que representa no Brasil a fabricante de roteadores Edimax.
Há roteadores 3G que são fabricados no Rio Grande do Sul. A Parks, com fábrica em Cachoeirinha, tem um de seus modelos que aceita chip de duas operadoras (nesse caso, não se conecta o modem 3G na porta USB do roteador, mas se coloca o chip direto em um slot no roteador). Em agosto, chega às lojas um modelo da fabricante focado no usuário doméstico.
Enxergamos que também existe espaço para os usuários domésticos que gostariam de compartilhar um acesso 3G – afirma o diretor comercial da empresa, Mauro de Araujo, usuário dessa tecnologia.
Araujo mora em um sítio em Viamão, onde não chega a banda larga fixa. Para se livrar da internet discada, até consultou soluções via satélite, mas eram muito caras. Tão logo saiu o 3G, aderiu, mas como havia mais de um computador na casa, só um podia se conectar por vez. Problema que, com o uso da rede sem fio móvel, não existe mais.
O uso da tecnologia 3G faz mais sentido em locais onde não há internet fixa. As pessoas não veem o 3G como acesso primário, por causa da instabilidade. Usam mais pela mobilidade – avalia Caetano, da IDC.
Antes de comprar um roteador 3G, o que você deve observar:
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