O Google versus o Mundo

"Depois da China, é a Europa quem parece criar grandes problemas para o Google."

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Por Maryara Nayara Dos
11 jun, 2013

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Bill Gates até alfinetou dizendo que “ficaria surpreso se o Google saísse dos EUA no lugar de deixar a China”, mas parece que o verdadeiro problema que o Google está prestes a enfrentar não está na América do Norte ou na Ásia, mas no continente entre eles. Com acusações de monopólio, desrespeito à privacidade do usuário e violações dos direitos autorais governos e cidadãos, os do velho continente estão indo contra a googlemania e enchendo os tribunais europeus de processos contra o Google.

O epicentro dos conflitos Google-Europa parece ser a Itália, onde o primeiro-ministro Silvio Berlusconi (figura pública das mais que controversas mundo afora, aquele mesmo que é presidente do Milan e chamou Barack Obama de “queimadinho”) propôs um projetos de lei contra o youtube e outros serviços que ele classificou como “fértil para a invasão de privacidade, violação de direitos autorais e outras transgressões que ocorrem ao conteúdo do usuário”.

O problema ainda é maior porque a família de Berlusconi é dona de uma empresa que está em briga com o Google na justiça italiana justamente por questões de direitos autorais e o escritório do Google em Milão já está até sendo investigado por violações de direitos autorais. Mas as pendências judiciais não se restringem à Itália e estão se alastrando por toda a Europa Ocidental.

Seja lá qual a natureza do impasse do Google com a Europa, o fato é que ele deve se empenhar muito mais para resolver seus problemas não só com a Itália, mas com todo o velho continente. Isso porque ideologia a parte, o Europa é muito mais lucrativa para o Google do que a China jamais foi, segundo New York times, somente na Grã-Bretanha a receita do faturamento do Google é 10 x maior o que ele ganha no país comunista.

Para se ter noção do quanto representaria para o Google perder o mercado europeu, ele é site de busca preferido de 80 % dos europeus enquanto nos Estados Unidos ele detém “apenas” 65 % dos usuários. Como até a União européia ameaçou entrar na briga, há perspectiva de que aconteça uma celeuma nas mesmas proporções que um dia girou em  torno da Microsoft e seu Windows “monopolista”. É esperar para ver.

googleevil

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