"As mudanças na política de privacidade impostas pelo Facebook na última quarta-feira não agradou todos os usuários."
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Grupos de direitos digitais e internautas não pouparam críticas às mudanças na política de privacidade impostas pelo Facebook na última quarta-feira. Segundo especialistas, a medida torna os dados dos usuários muito mais aptos a indexação em mecanismos de busca como Google e Bing. O Google anunciou recentemente que seu novo serviço, a busca em tempo real, consegue realizar pesquisas dentro do Facebook.
O pedido de alteração de perfil, que entrou em vigor no último dia 9, foi solicitado aos cadastrados no Facebook por meio de um pop up. A opção padrão de privacidade, sugerida pelo próprio Facebook, permite que informações como “sobre mim”, “família e relacionamento”, “educação e trabalho” e “publicações enviadas por mim” sejam acessados por todos os usuários.
Alguns críticos afirmaram que as pessoas podem dividir mais informações do que o desejado acidentalmente. “O Facebook está incitando os cadastrados a compartilhar muitos dados pessoais”, disse Marc Rotenberg, diretor-executivo do Centro de Informação e Privacidade Eletrônica dos Estados Unidos (Epic). “Isso foge da perspectiva de privacidade”, completou Rotenberg.
Redução de controle – Em declaração, a Fundação da Fronteira Eletrônica afirmou que as novas mudanças de “privacidade” mostram claramente as intenções do Facebook em incentivar os cadastrados na rede social a compartilharem mais informações do que antes. “E pior: as alterações reduzirão o controle que os usuários têm sobre suas informações pessoais”, explicou o órgão.
As mudanças impostas pelo site foram testadas ao longo do ano e desde quarta-feira são obrigatórias a todos os usuários da rede. As alterações permitem que os cadastrados liberem o seu perfil para todas as 350 milhões de pessoas que compõem a base de dados do Facebook ou divulguem o seu perfil na rede por meio das ferramentas de busca.
Barry Schnitt, porta-voz do Facebook, sugeriu aos usuários evitar compartilhar informações com pessoas que não fazem parte da rede de amigos e até incentivou a deixar em branco campos como gênero e localização. Schnitt ainda afirmou que a rede está encorajando os cadastrados a deixaram mais informações abertas ao público porque esse é “o caminho para onde está caminhando o mundo”.
Muitos usuários deixaram comentários no blog oficial do Facebook criticando as alterações. Alguns disseram ainda que editaram seus perfis e que reduzirão o uso da rede a fim de evitar que informações pessoais sejam compartilhadas por acidente.
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