Microsoft é acusada de ajudar hackers

"Ao dar dicas sobre pastas e extensões seguras, que não precisariam ser escaneadas por softwares antivírus, a Microsoft foi acusada de fornecer informações sobre onde os hackers poderiam esconder arquivos maliciosos."

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Por Jean Carlos
23 dez, 2009

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19 windows ajuda hackerjpg 1W95tdX A empresa de segurança Trend Micro alertou nesta segunda-feira que o conselho da Microsoft de retirar alguns arquivos e extensões, supostamente seguros, da lista de locais a serem escaneados por softwares antivírus pode ser uma medida perigosa.

A Microsoft alega que algumas extensões e pastas são seguras, e que não escaneá-las pode melhorar significantemente a performance dos sistemas operacionais Windows 2000, XP, Vista, Windows 7, Server 2003, Server 2008 e Server 2008 R2, conforme o site The Inquirer.

“Estes arquivos não têm risco de infecção, e se forem escaneados, podem causar sérios problemas de desempenho”, declara a Microsoft em artigo datado de outubro de 2009.

Entretanto, para a empresa de segurança Trend Micro, essa é uma medida preocupante, já que cibercriminosos poderiam estrategicamente colocar arquivos maliciosos nestas pastas ou utilizar exatamente as extensões consideradas seguras, para que estes arquivos não fossem encontrados pelos softwares antivírus, alertou a empresa em postagem no blog oficial.

“Fazer isso [retirar determinados arquivos do escaneamento] pode expor o sistema a riscos que podem levar a uma inconveniência muito mais grave do que um sistema mais lento”, pontuou David Sancho, pesquisador de arquivos maliciosos da Trend Micro.

Andrew Storms, diretor de operações de segurança na nCicle Network, também acredita que a exclusão de determinados arquivos da lista de escaneamento pode ser arriscada, mas lembrou que os antivírus são sistemas de defesa posterior, e que mesmo ao escanear todas as pastas, a segurança não é garantida. “Será que os criminosos vão se interessar nisso e de repente trocar o local onde escondem seus arquivos maliciosos? Provavelmente não”, disse ele em entrevista ao site ComputerWorld.

Até o fechamento desta nota, a Microsoft não tinha se pronunciado sobre o assunto.

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