Governo britânico pode espionar sites sociais

"Sites de redes sociais como o Facebook podem se ver forçados a transmitir detalhes sobre os amigos e contatos de um usuário"

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Por Romulo Vercosa
25 mar, 2009

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Sites de redes sociais como o Facebook podem se ver forçados a transmitir detalhes sobre os amigos e contatos de um usuário, segundo os termos de propostas de combate ao terrorismo apresentadas pelo governo britânico.

Milhões de britânicos utilizam sites como o Facebook, Bebo e MySpace para conversar com amigos, mas os ministros do país estão preocupados com a possibilidade de que essa tecnologia em rápida evolução venha a ser utilizada por extremistas.

Os críticos da idéia atacaram os planos como uma nova evidência de que um governo superdimensionado possa se imiscuir na vida das pessoas.

O Home Office confirmou nesta quarta-feira que o governo está estudando a possibilidade de monitorar os sites de redes sociais, mas disse que a idéia ainda estava em estágio consultivo.

As autoridades também insistiram que não se interessam pelo conteúdo das conversas privadas, mas sim simplesmente em saber quem está se comunicando com quem.

“Deixamos claro que a revolução nas comunicações foi rápida neste país, e a maneira pela qual recolhemos dados de comunicação precisa mudar, de modo a permitir que as agências policiais mantenham sua capacidade de enfrentar o terrorismo e encontrar provas”, disse um porta-voz do Home Office.

“Deixamos bem claro que não há planos para um banco de dados que abrigue o conteúdo de emails, mensagens de texto, conversações ou informações contidas em sites de redes sociais”, ele acrescentou.

O porta-voz disse que o governo começaria em breve a consultar o setor e o público sobre maneiras de eliminar as possíveis lacunas criadas pela tecnologia usada em sites sociais.

O vice-presidente de privacidade do Facebook e seu diretor mundial de política pública, Chris Kelly, criticou os planos como exagerados.

Em entrevista ao site de informática ZDNET.co.uk, ele declarou que “em nossa opinião, monitorar todo o tráfego dos usuários é excessivo”.

Já há leis suficientes, ele acrescentou, para permitir que as autoridades policiais obtenham acesso ao tráfego de dados de pessoas suspeitas.

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