"O Nexus One já está disponível para venda nos Estados Unidos por 180 dólares."
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O Google anunciou na tarde desta terça-feira, em Mountain View (EUA), o lançamento do Nexus One, telefone celular com a sua marca. O aparelho, que poderá ser comprado diretamente em seu site, custará 529 dólares (cerca de 911 reais) em sua versão desbloqueada e estará disponível apenas nos EUA, Reino Unido, Singapura e Hong Kong. Nos EUA, quem optar por um plano de operadora T-Mobile pagará 180 dólares (cerca de 310 reais).
O Nexus One foi desenvolvido pelo Google em parceria com a HTC, de Taiwan, e vem com o sistema operacional Android, criado pela empresa em 2007. O Android é uma plataforma aberta, na qual qualquer pessoa pode desenvolver aplicativos. O sistema foi oferecido primeiro no modelo G1, também fabricado pela HTC – neste caso o Google apenas ofereceu o Android.
O Nexus tem processador Qualcomm QSD 8250 de 1 GHz, sistema operacional Android 2.1; 512 MB de memória Flash; 512 MB de memória RAM; cartão Micro SD de 4 Gb Expansível até 32 Gb; tela touchscreen de 3,7 polegadas (9,4 centímetros); pesa 130 gramas (com bateria); tem GPS, Wi-fi e 3G. Tem ainda câmera de 5 megapixels.
Mercado – O lançamento do Nexus One foi, de certa forma, um anticlímax. A ideia de que o aparelho seria inovador o bastante para se contrapor ao iPhone não se confirmou, como observaram publicações como o Financial Times, de Londres, e o The New York Times. “É um telefone bacana, mas não vai mudar as regras do jogo”, disse o analista Charles Golvin, da consultoria Forrester Research, ao jornal americano. O acontecimento, no entanto, é relevante por mostrar que o Google está alerta para a necessidade de crescer rapidamente no mundo da internet móvel.
A empresa se tornou gigante oferecendo serviços para pessoas que acessavam a internet exclusivamente pelo computador. A possibilidade de navegar pela rede com telefones e outros aparelhos portáteis vai acarretar mudanças em toda a economia da internet. A principal fonte de receitas do Google vem dos anúncios veiculados em seus sites – e ninguém sabe ainda como vai funcionar a publicidade na nova era da internet. Uma pesquisa recente da Morgan Stanley, por exemplo, mostrou que enquanto a propaganda responde por 40% da renda da internet convencional ela não é mais do que 5% da internet móvel.
Mas o Google parece determinado a se posicionar de maneira vantajosa para aproveitar as oportunidades, quaisquer que elas sejam. Nos últimos meses, comprou companhias como a GrandCentral e a AdMob, que desenvolvem tecnologia para celulares. E também tem sido bem-sucedido em promover o Android, seu sistema operacional para telefones. Em menos de um ano, conseguiu que ele passasse a equipar 20 aparelhos, que operam com 59 companhias telefônicas ao redor do mundo. O propósito fundamental do Android parece ser o de transpor a “experiência Google” para o campo da internet móvel – e o lançamento do Nexus One é mais um passo nesse sentido.
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