"Geração link" começa a registrar seus bebês pelo País

"A estimativa é de que cerca de 60 mil crianças nasceram de relacionamentos iniciados em site de encontros europeu."

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Por Romulo Vercosa
11 mar, 2009

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A “geração link” já está engatinhando por aí. São os bebês que nasceram graças aos casais formados pela rede – mais especificamente em sites de encontros. Na França, por exemplo, o fenômeno pode ser considerado um verdadeiro “baby boom”. A estimativa é de que cerca de 60 mil crianças nasceram de relacionamentos iniciados em site de encontros europeu. No Brasil, não há pesquisas recentes – mas o “download” de bebês é visível. Um site como o ParPerfeito já conta com cerca de 5 milhões de usuários e muitas histórias de nascimentos.

O psicólogo Ailton Amélio Silva, autor do livro Mapa do Amor e doutor em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), fez uma pesquisa em 1995 que indicava existir no Brasil apenas 1% de casais formados a partir de internet ou agências matrimoniais. “É claro que esse número já deve ter subido, mas ainda acho que a internet serve mais para dar continuidade a um primeiro encontro do que para formar casais”, analisa.

Silva diz que uma vantagem dos encontros pela internet é que eles nasceriam do interesse por aquilo que a pessoa escreve, daquilo que carrega interiormente. “Pela rede, não é possível apostar na beleza e na estética. Até porque muito dessas fotos espalhadas em sites de relacionamentos não são recentes, estão em ângulos que beneficiam quem é retratado e, às vezes, são falsas”, avisa. As informações são do Jornal da Tarde.

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