"A armadura é pequena, mas a luta é de gente grande -e por um reino muito próspero."
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Neste ano, deve esquentar a disputa para ver quais empresas darão poder aos netbooks, aos MIDs e aos smartphones.
O primeiro segmento de mercado não deve ser afetado pela crise. Pelo contrário: as vendas desses computadores pequenos e relativamente baratos devem crescer 80% neste ano, de acordo com a consultoria Gartner.
O mercado de smartphones não deve ir tão bem, mas ainda assim as vendas devem crescer e se transformar no carro-chefe da indústria de celular.
Netbooks emergem
Os processadores Intel Atom apareceram em 2008 e deram cara à categoria dos netbooks. Mas eles estão disponíveis também para telefones, eletrônicos de consumo, automação industrial e até carros.
Para Américo Tomé, gerente de novas tecnologias da Intel, o Atom supre as principais demandas do usuário de netbook: tamanho menor, mobilidade e baixo consumo de energia. “O dispositivo adequado para quem quer alto poder de processamento é um notebook tradicional”, diz Tomé.
Caixinha
Já Richard Cameron, gerente-geral da Nvidia Brasil, diz que os netbooks atuais “são computadores de cinco anos atrás em uma caixinha pequena”. “Eles acessam a internet e mensagens apenas. E não são tão baratos.
Com a Tegra, queremos um dispositivo de acesso a internet (MID) por menos de US$ 99“, diz Cameron sobre o produto, desenvolvido pela empresa, que conta com placa de vídeo e processador ARM -líder no segmento de smartphones- em um mesmo corpo “do tamanho de uma moeda”.
Durante o Congresso Mundial de Mobilidade, em fevereiro deste ano, em Barcelona, a Nvidia anunciou que a Tegra é compatível com o Android, sistema desenvolvido por um consórcio que tem o Google como líder. Além disso, a Tegra é compatível com Windows CE.
Por enquanto, não há produtos sendo desenvolvido com a dupla Atom/Android; o chip, porém, é compatível com o sistema Linux.
Acesso à internet
“A Tegra vai possibilitar MIDs com acesso à internet, vídeo de alta definição e baixo consumo de energia com um preço tão pequeno que esperamos que as operadoras de celular incluam o aparelho de graça em certos planos, como já acontece com celulares”, diz Cameron.
Mercado brasileiro
Segundo ele, ainda neste ano “veremos um aparelho com a Tegra. E no mercado brasileiro”. “A Tegra é a convergência entre os mundos da informática, pelo poder de processamento, e da telecomunicação, pela conectividade com redes 3G, internet etc.” afirma Cameron.
Convergência
Sadek Absi, gerente de produtos da Intel América Latina, também destaca essa convergência nos produtos com Atom. “O que o usuário quer, a grande inovação e o conteúdo estão na internet. As pessoas desejam levar a experiência do PC para o bolso. Esse é o grande problema dos aparelhos com ARM. Eles têm dificuldades em tocar Flash, em mostrar os sites corretamente. A internet roda muito melhor na arquitetura Intel. É muito mais rápido desenvolver aplicações para a arquitetura X86 da Intel, que é estabelecida.”
Já o gerente-geral da Nvidia diz que, para o usuário, a marca do processador não interessa. Quanto às aplicações disponíveis, ele diz que a Nvidia busca “a plataforma mais aberta possível” e investe no “ecossistema de desenvolvimento e aplicações”. “A Tegra tem muito poder de processamento gráfico. Hoje nossas atividades são visuais, com mapa, vídeo, foto.”
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