E-book se reiventa para convencer

"A loja virtual Amazon lançou nos Estados Unidos a segunda versão do leitor de livros digital."

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Por Antonio Manoel
23 maio, 2009

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O e-reader Kindle 2 foi apresentando à imprensa americana pelo CEO da empresa, Jeff Bezos, na Morgan Library & Museum, em Nova York. E causou tanta comoção que foi reapresentado depois, na Mobile World Congress 2009, em Barcelona.

A bateria dura 25% mais que versão anterior e a função de virar as páginas está 20 vezes mais rápida. O brilho da tela está mais vivo e ele ainda possui um pequeno joystick de cinco direções que melhora – e muito – a navegação.

Outra coisa que chama a atenção na nova geração do Kindle são suas especificações: memória de 2 GB (o que dá para armazenar por volta de 1.500 livros), tela de 6” com resolução de 800 x 600 pixels, bateria com autonomia de quatro dias, conexões Wi-Fi ou 3G e compatibilidade com formatos populares de mídia, como TXT, MP3 e JPEG, além dos arquivos PDF, HTML e DOC.

Ele é mais leve, mais fino que o iPhone, Com apenas 0,84 cm de espessura (comparado a um lápis normal), ele pesa somente 289 gramas. E o mais importante, os títulos, já estão sendo disponibilizados pela Amazon, com cerca de 230 mil itens – tipo um iTunes, só que de livros.

É caro, mas há alternativas
O Kindle 2 pretende-se uma central multimídia, mas, de certa forma, existe algumas controvérsias. O e-reader acabou sendo alvo de várias reclamações por conta de seu autofalante.

É que as editoras e autores reclamaram de quebra de direitos autorais, pois o aparelho converte o texto em fala. Para solucionar isso, a Amazon optou por incluir um recurso de desligar a função a pedido do autor do livro.

Mas, como milagres não são tão fáceis assim de acontecer, esse aparelho ainda não chegou por aqui. Disponível nos Estados Unidos, ele custa US$ 359,00 – salgado até para eles. Para quem nunca teve a experiência de ler um livro de forma digital, pode visitar alguns sites disponíveis aqui no Brasil.

São vários e-books (os livros eletrônicos) por aí e você não precisa ter um Kindle para garantir uma boa leitura. Aliás, você nem precisa de um equipamento digital para isso – mas fica entre nós, ok?

Fenômeno lá fora mas… e no Brasil?
Mesmo sem previsão de chegar ao Brasil, há toda uma conversa em cima do luxuoso gadget e isso tudo abafou as críticas sobre o aparelho. 

No entanto, o burburinho que acontece no país pode ser explicado mais pelo perfil eletrônico do que propriamente pela leitura, já que não é uma exatamente uma paixão típica do brasileiro. De acordo com o Instituto Pró Livro, na pesquisa chamada Retrato da Leitura, realizada em 2008, são lidos anualmente apenas 4,7 livros por habitante. E, dessas leituras, a bíblia e os livros didáticos, exigidos pelas escolas, praticamente dominam o resultado. Como o primeiro lugar da lista de preferências é assistir a programação da TV, a leitura digital poderia ser uma grande revolução no cenário cultural.

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