Bing organiza resultados de buscas e tem missão de incomodar Google.

"A Microsoft apresentou publicamente a nova versão de seu buscador batizado de Bing (anteriormente chamado de Live Search)."

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Por Jean Carlos
05 jun, 2009

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Depois de meses testando internamente, a Microsoft apresentou publicamente a nova versão de seu buscador batizado de Bing (anteriormente chamado de Live Search), que estreia nos Estados Unidos e Canadá no dia 3 de junho.

Os brasileiros, nesta primeira fase, não terão todos os recursos demonstrados nesta quinta-feira (28/5) por executivos da subsidiária brasileira ao IDG Now!, mas já poderão ter um gostinho do novo buscador a partir da próxima semana.

O Bing, além de mostrar novidades em visual e recursos, é a mais recente tentativa da empresa de Bill Gates para competir com o Google e conseguir, pelo menos, atingir dois dígitos no mercado de busca. “Organizamos melhor o conteúdo, sem abandonar a busca por links”, afirmou Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor do grupo de consumo e online da Microsoft Brasil.  “É um produto competitivo”.

A nova interface do Bing foi desenhada por Brain MacDonald, criador do Microsoft Project e do Microsoft Outlook, que saiu da aposentadoria para produzir o design do novo buscador da empresa.

A principal mudança do Bing, comparado ao Live Search, envolve a organização da informação de compras, viagens, saúde e negócios regionais. Essas quatro categorias não estão disponíveis aos usuários brasileiros e não há previsão de quanto o serviço será lançado localmente.

Ao acessar a página principal do Kumo, a primeira mudança visível é uma grande imagem de fundo. Esta tática contrasta com a estratégia do Google, que sempre mostrou uma página branca e limpa. “Os usuários pediram isso”, argumenta Oliveira.

Do lado esquerdo, uma barra de navegação traz diferentes categorias de uma mesma busca. Se você está interessado em um computador, por exemplo, o resultado vai estar organizado por reviews, dicas, locais de onde comprar e assim por diante. Para cada busca, a área é reordenada de forma dinâmica.

A recomendação da Microsoft para os usuários brasileiros é que configure o buscador para exibir resultados em língua portuguesa. Dessa forma, as buscas serão mais relevantes.

Investimento prioritário

A área de busca é chave para os planos da Microsoft fincar uma bandeira mais firme na internet. É lá que está boa parte do dinheiro investido online por anunciantes. Serviços como e-mail e mensagem instantânea, em que a empresa tem forte presença, são menos populares.

O esforço para alçar a Microsoft para uma posição de liderança no mercado online tem sido feito com o lucro que a empresa ainda consegue com seu sistema operacional Windows e com o aplicativo para escritório Office. No último trimestre, a divisão online da Microsoft teve um prejuízo de 575 milhões de dólares, tendo faturado 721 milhões de dólares.

O anúncio do Bing coincide com uma série de novos recursos anunciados pelos principais concorrentes da Microsoft, bem como com a chegada do Wolfram, que tem uma estratégia diferente dos três principais protagonistas do setor de buscas.

O Google demonstrou novas formas de filtrar os resultados por tipo ou data de publicação do conteúdo no evento Searchology, que aconteceu no começo de maio.

Neste evento, o Google demonstrou o Squared, primeira aventura da empresa pela área de web semântica, que estrutura informações não organizadas vindas de diferentes fontes para formar uma representação padronizada dos resultados.

O Yahoo também está apostando na redução da quantidade de links oferecidos após uma busca. Agora, ele mostra fotos, informações, endereços em mapas ou vídeos.

Uma busca sobre a palavra “Paris”, por exemplo, traz dados sobre a cidade, informações sobre turismo, opções de reservas de passagens aéreas, vídeos, imagens e outros dados sobre a capital francesa.

No caso de uma pesquisa sobre uma celebridade, o resultado traz fotos, vídeos, dados como a data de nascimento, uma biografia curta e a filmografia (caso seja um ator de cinema ou TV).

O Wolfram, o mais novo jogador desta partida, vai por um conceito diferente dos demais. As buscas são feitas em um banco de dados organizado pelo próprio buscador.  Dessa forma, ele é preciso em revelar informações estatísticas, como saber o PIB do Brasil e sua posição no ranking com outros países.

O Google é líder no setor de buscas nos Estados Unidos, com participação de 64% em abril, segundo dados da consultoria de pesquisas em internet comScore. O Yahoo está em segundo, com 20,4% e a Microsoft tem 8%, no terceiro lugar.

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