A GeForce GTS 250 bate a HD 4850?

"Amp! Edition, da Zotac, vem com overclock de fábrica e tem bom desempenho"

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Por Antonio Manoel
15 maio, 2009

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Sabe quando você compra um carro e, um mês depois, o fabricante dá aquele tapinha no visual, troca o estofamento, deixa o farol mais estiloso e coloca um produto diferente na concessionária, com o mesmo preço do seu? Bom, para quem compra o novo, é uma beleza. É mais ou menos isso o que tem acontecido num segmento bem específico de placas de vídeo, as intermediárias quase avançadas. No caso da NVIDIA, quem representa esse nicho é a GeForce GTS 250. Testamos aqui no INFOLAB o modelo Amp! Edition, da Zotac.

Primeiro veio a 8800 GTS de 512 MB, depois a 9800 GTX, que deu lugar à 9800 GTX+, quando o processador gráfico passou para 55 nm. Resumindo a história, agora é a quarta vez que a empresa lança a “mesma” placa, com arquiteturas semelhantes, enquanto quantidade de memória e clocks subiram um pouco. Aqui, a grande novidade é o número de clusters, que passa de oito para dez.

Além disso, nesta versão com 1 GB e overclock de fábrica, o brinquedo trabalha a 750 MHz. São 128 processadores de stream funcionando com clock efetivo de 1 150 MHz. Em teoria, a placa também consome menos energia, tanto que ela possui apenas um conector de seis pinos, e não mais dois. Tudo isso posiciona o modelo como um concorrente mais forte para a bem sucedida Radeon HD 4850, da ATI, fininha e econômica.

O que nos chamou a atenção foi a temperatura mais baixa: depois da jogatina, a placa chegou a 63º Celsius, enquanto a 4850 alcançou 80º C. Ela também foi bastante silenciosa, batendo em 58 decibeis, quando fizemos a medição a 20 centímetros da saída de ar. Se na tecnologia as duas placas são parecidas, a NVIDIA ainda não conseguiu chegar junto no preço. Lá fora a GTS 250 da Zotac está custando 149 dólares, aterrissando aqui por 799 reais, cerca de 100 reais acima da 4850.

Para verificar o desempenho da placa, rodamos uma série de programas e jogos num computador com a seguinte configuração: processador Core 2 Quad Q6600, de 2,1 GHz, memória de 4 GB DDR3 de 1 333 MHz e disco rígido de 250 GB e 7 200 RPM. Não é uma plataforma para gamers exigentes, mas é um conjunto bastante encontrado nas lojas, geralmente sem um chip gráfico avançado. Aplicamos os testes com as configurações padrão, ou seja, com o overclock feito pela Zotac.

Nos benchmarks, o resultado é uma vitória apertada dessa GTS 250 sobre a 4850, principalmente nos programas mais importantes. Ela marcou 8 373 pontos no 3DMark Vantage, o melhor aplicativo para medir a performance do produto com gráficos em terceira dimensão, enquanto a concorrente da ATI fez 7 059 pontos. Porém, a situação se inverteu em software de modelagem, como o CineBench. O placar foi de 3 293 a 4 820, com vitória da Radeon.

Num monitor LG Flatron Wide, com resolução de 1 680 por 1 050 pixels, conseguimos os melhores resultados de uma placa intermediária nos games mais pesados do momento. A placa anotou média de 19 quadros por segundo no Crysis, segundo o benchmark embutido no próprio jogo, enquanto a Radeon HD 4850 ficou em 17 FPS. A mesma diferença mínima apareceu nos demais títulos. Foram 48,3 quadros por segundo no Call of Duty – Word at War, 30,4 FPS no FarCry 2 e 71 FPS no Left4Dead. Em todos os casos, os recursos de vídeo foram configurados no talo.

A parte deplorável da GTS 250 é o acabamento. Não dá para saber o que é pior, a montagem do produto ou o material utilizado. O invólucro de plástico que cobre os componentes é de qualidade bem duvidosa, além de feio. Nossa conclusão? Considerando o design fininho, o desempenho próximo e o preço mais baixo da 4850, é bom a NVIDIA se preocupar em soltar uma solução mais bombástica, e não ficar relançando placas, se não quiser levar um banho da ATI, que promete novidades nesse segmento.

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