"Primeiras impressões sobre novo game da Blizzard são as melhores possíveis!"
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ToggleEm 2003, logo após o lançamento de Warcraft III: The Frozen Throne – expansão para o game de mesmo nome, um dos grandes sucessos da produtora Blizzard e grande responsável por tornar a franquia Warcraft uma das mais (se não a mais) rentáveis do mundo dos games – foi anunciado que o próximo projeto da equipe responsável pela expansão não seria relacionada ao universo de Warcraft.
Para espanto e alegria de muitos Starcrat 2 estava a caminho. Mas o que era aguardado com grande ansiedade tornou-se frustrante para muitos à medida que nenhum comunicado oficial informava a quantas andava tal projeto. Com o mercado de MMORPGs abocanhado pela versão MMO de Warcraft, muitos chegaram a acreditar que Starcraft 2 jamais seria finalizado, e que a Blizzard estaria mais interessada em explorar este novo nicho.
Quase uma década depois, é com surpresa que os fãs receberam a notícia de que a versão Beta jogável de Starcraft 2 escontra-se disponível e pode ser jogada por meio da Battle.net, o servidor de jogos on-line da desenvolvedora americana. Segundo os criadores, a demora na processo de produção deu-se à necessidade de implementar no game algo que pudesse inovar os games de estratégia, semelhante ao que aconteceu com o terceiro título de Warcraft.
O game se passa quatro anos após os eventos ocorridos na expansão de StarCraft: Brood War e contará com as três raças originais: os Terrans, humanos prisioneiros lutando pela sobrevivência; os Protoss, alienígenas com capacidades mentais desenvolvidas, dotados de habilidades psíquicas; e os Zergs, seres geneticamente evoluídos, possuem a ambição de conquistar toda a galáxia. Ao contrário do que se especulava estes são os únicos povos disponíveis na segunda versão do game.
O Zigg teve acesso a versão Open Beta do game e mostramos pra vocês nossas primeiras impressões acerca do jogo.
Logo de cara você percebe que os caras da Blizzard não brincam mesmo em serviço. Os últimos sete anos não foram gastos em vão e isso fica evidente já nas primeiras telas. Os gráficos são sim um show a parte e grande responsável pelas altas configurações exigidas para rodá-lo. São diversos detalhes visuais que contribuem para dar ao título um aspecto ainda mais moderno.
São efeitos de luz, sombra, texturas dentre outros elementos, todos melhorados a partir do chamado sistema de “doodads”. São pequenas estruturas e efeitos de fundo criados apenas para aumentar a sensação de realismo e ambientação. As melhorias incluem avançadas locações espaciais e mais detalhados e envolventes terrenos espaciais, como plataformas flutuantes espaciais com planetas e asteróides ao fundo.
Até onde pudemos perceber, os sons ambientes são muito bem trabalhados embora às vezes, pareça que você esta mesmo no vácuo espacial dado o silêncio existente em alguns momentos. Vale ressaltar, no entanto que testamos uma versão Beta, o que significa que alguns parâmetros sonoros possam não ser definitivos. Da mesma forma, é possível que alguns dos cenários adotem sons amenos para de fato simular o vazio do espaço.
Um ponto que realmente ficou bom foi o das vozes. Se você jogou Warcraft III e ficava animado todas as vezes que suas unidades proferiam suas frases de efeito, saiba que a idéia não era nova e já havia sido usada pela Blizzard anos atrás no primeiro Starcraft. Claro que apenas algumas poucas frases eram proferidas, aqui a coisa é bem diferente.
Cada unidade parece ter de 1 a 3 frases de efeito diferentes, o que gera uma riqueza enorme para o game. É possível descobrir o que pensam cada uma das raças e o que as motivam a continuar desta disputa pela sobrevivência na gelada escuridão do cosmos.
Todos essas características tornam Starcraft 2 uma game muito divertido de se jogar, mas o que é bom pode não durar, principalmente se sua maquina não preenche os requisitos mínimos para rodá-lo. Na tela de inicialização do jogo é possível ajustar alguns destes elementos para reduzir o gasto de memória por parte da máquina. Entretanto a medida é apenas paliativa.
Para não sofrer legs durante a partida recomenda-se um computador com as seguintes configurações mínimas:
Até pouco tempo atrás, apenas algumas unidades e mecanismos havia sido oficialmente confirmadas, mas no Demo algumas outras estavam disponíveis. Entre as unidades confirmadas temos os Zerlings e Mutalisks (Zergs), Mariners e Batllecruisers (Terrans) e os Zealot (Protoss). Entre as novas temos os Immortals dos Protoss, originados a partir da antiga unidade Dragoon. Isso não quer dizer que as antigas unidades não sofreram modificações e melhorias.
Peguemos como exemplo a unidade Zealot, também dos Protoss, trata-se de uma unidade para combates corpo-a-corpo, mas que agora tem entre suas habilidades a capacidade de usar investidas em combate, que causam mais dano, embora sejam mais difíceis de acertar. Mudanças em outras unidades também parecem ter sido ocasionadas por eventos na história do game e de sua expansão.
Outra novidade é que agora certas unidades parecem ter melhor desempenho em determinados tipos de ambiente ou terreno. Por exemplo, algumas possuem a habilidade de se teleportar a curtas distâncias, dentro da área inimiga (ideal para fugas) ou em perseguições. Neste sentido, Starcraft 2 parece mesmo estar disposto a oferecer um nível de interação com o ambiente de jogo maior que seu antecessor e até mesmo do que o Warcraft.
“Foi pouco, mas foi bom”, este pensamento veio em minha cabeça assim que terminei o pequeno playteste do novo Starcraft. Confesso que levei um tempo até me acostumar com o visual (é tudo muito detalhado), mas para quem já conhece Warcraft é muito fácil encontrar-se em meio as opções do menu de ações. Basicamente todas as funções de um estão no outro, com algumas novidades é claro. O esquema de construir uma base central e mantê-la continua, assim como manufaturar os recursos minerais locais, como os cristais de força e energia produzida por fendas de vapor. Estes são dois dos elementos essenciais para construção de outras estruturas.
E existem estruturas para tudo, uma para criar infantaria armada, outras para sintetizar energia, uma terceira que aprimora armas e proteções para unidades, uma quarta responsável por unidades mais poderosas, outra que protege a área onde for construída e assim por diante. Nesse ponto pude notar que criá-las esta bem mais fácil do que na versão anterior. Elas são erguidas rapidamente, evitando que o jogador precise enfrentar aqueles minutos de ociosidade logo no começo da partida quando apenas a base principal esta de pé.
Não se pode dizer o mesmo das unidades de combate. Sua criação é lenta, e apenas 5 deles podem ser produzidos por vez. Em compensação, eles fazem muito estrago, e não estou falando de causar enormes quantidades de dano. Quando juntos, sua infantaria literalmente salta sobre o adversário, você só precisa selecioná-los para coordenar o ataque se quiser, mas na maior parte das vezes, basta deixá-los á vontade. Eles mesmos se encarregarão de defender a colônia e destruir qualquer ameaça invasora.
O jogo promete muito, e confesso estar ansioso para jogá-lo (na verdade todos aqui estão). Valeu mesmo a pena esperar por tanto tempo. Às vésperas de um possível lançamento (a data ainda não foi definida) a Blizzard prova mais uma vez que quando o assunto é jogo não se deve subestimá-la. Apesar de poucos títulos no currículo, todos (sem exceção) conseguiram atingir relativo sucesso. Não é à toa que seus desenvolvedores podem se dar ao luxo de planejar um título por quase dez anos para lançá-lo apenas quando o patamar de qualidade estipulado por eles, estiver dentro das expectativas de seus jogadores.
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