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Navegando em Águas Misteriosas

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Por Romulo Vercosa
2 de junho de 2018

"A nova aventura do Capitão Jack Sparrow chega aos cinemas brasileiros!"

Quando a Walt Disney lançou Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra em 2003, não imaginava que o filme – baseado num de seus conhecidos parques temáticos – faria tanto sucesso. Isso foi mais do que o suficiente para que a maior empresa de entretenimento do planeta abrisse a carteira e encomendasse duas seqüências.

O Baú da Morte, seguido logo depois por No Fim do Mundo, foram apenas medianas em qualidade – embora juntas tenham sido responsáveis pelo maior faturamento da Disney em 2006 e 2007, respectivamente. A ânsia por lucro acrescentou novos elementos e mais ação, mas comprometeu a qualidade da história em pelo menos um deles.

 

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Enquanto no primeiro filme temos uma dose maior de comédia, Piratas do Caribe: O Baú da Morte entrega ao publico uma aventura dividida em duas partes. Na primeira metade do filme, temos os mesmos elementos responsáveis pelo sucesso de seu antecessor: personagens carismáticos, uma história cheia de mistérios e cenários incríveis.  

Mas na segunda metade, o que vemos é uma seqüência de cenas de ação – muitas delas burlescas, como é de se esperar neste tipo de produção – e um final em aberto, que trás de volta um antigo personagem, supostamente elimina outro e dá a deixa para uma continuação. Podemos dizer que O Baú da Morte é o melhor filme da trilogia, com doses certas de ação, mas sem descuidar do humor.

Mas logo nos teasers iniciais, a terceira parte denominada  Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, mostrou que seria completamente diferente. E o foi, mas não do jeito que os espectadores esperavam. Quem aguardava uma continuação direta do segundo filme, ficou um tanto espantado com as cenas iniciais, ambientadas em algum lugar, meses depois dos eventos do primeiro filme.

A verdade, é que embora a 2 e 3 parte tenham sido rodadas juntas – como aconteceu com Senhor dos Anéis e com várias seqüências à partir daí – seus roteiros foram escritos separadamente. Quando as gravações de No Fim do Mundo começaram, apenas metade do tal roteiro estava pronta, o que levou a produção executiva do filme à apressar seu termino. O resultado disto é um filme estranho, com cenas desconexas e coadjuvantes de luxo que surgem em cena apenas para morrer alguns minutos depois.

O próprio Jack Sparrow, a alma da franquia e interpretado pelo sempre competente Johnny Depp, surge como alívio cômico apenas meia hora depois do início do filme. E ainda assim, as necessidades que envolvem a conclusão da saga o impede de ser tão engraçado. Há quem diga, porem que a culpa não é do ator e sim do roteiro, teoria essa que faz todo o sentido. A produção se perde em sua grandiosidade com cenas de ação excessivas e longas e uma seqüência final que prometia muito, mas que deixou a desejar.

Agora, quatro anos depois, o Capitão Jack Sparrow retorna no quarto filme da franquia. Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas é uma tentativa dos estúdios Disney de reviver sua franquia mais popular. Sem os exageros que acometeram os filmes anteriores, este novo Piratas do Caribe aposta mais uma vez na simplicidade e na comédia para satisfazer o grande público. E claro, no carisma de Depp e seu capitão pirata afetado.

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Piratas do Caribe é Jack Sparrow, os demais personagens são apenas coadjuvantes necessários para que a história siga seu curso. E aqui, ele permanece em cena a maior parte do tempo. Alguns personagens da primeira trilogia estão de volta como o Capitão Barbosa (Geoffrey Rush) e o sempre engraçado Captain Teague (interpretado pelo rockeiro Keith Richards), que juntam-se ao novos. Os destaques vão para Angélica (Penélope Cruz), uma golpista e antigo amor de Jack, bem como seu pai, o temido pirata Barba Negra (Ian McShane).

 

Esta aventura segue os passos do Capitão Sparrow em busca da lendária fonte da juventude – deixa esta, dada no final do terceiro filme. Se Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas conseguirá surpreender, arrancando boas risadas ainda é cedo para dizer. Mas só por trazer um elenco tão estrelado quanto este já vale uma ida ao cinema.

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