"Com o lançamento do Chrome 4.0, o Firefox vê o crescimento de um inimigo que também é seu principal patrocinador."
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O lançamento do Google Chrome 4.0 na segunda-feira (25) foi recebido com entusiasmo pelos usuários do browser, as estrelas dessa aguardada versão do navegador do Google são o suporte para a adição de extensões, no estilo Firefox, e de sincronia de favoritos (que basicamente permite copiar suas bookmarks) entre dois computadores, no estilo Opera.
Para o internauta comum isso só significa mais possibilidade de personalização, novos recursos para melhorar a navegação e um browser melhor, mas para a concorrência a nova versão do Chrome significa muito mais que isso: é um navegador estável, seguro e agora personalizável amparado por uma das marcas mais poderosas do mundo (apelidada carinhosamente de G-Force). A concorrência treme, especialmente o Firefox.
A questão aqui vai além da concorrência óbvia que o Chrome vai trazer o Firefox, o navegador do Google ocupa 5% do mercado e já é o terceiro navegador do mercado, superando o Safari da Apple, mas o Firefox ainda tem sólidos 25% do mercado mundial e já incomoda o Internet Explorer da Microsoft. É possível que as cabeças dos chefões do Mozilla estejam quentes, mas ainda é uma incógnita como os novos recursos do Google Chrome vão afetar o mercado (de maneira geral elas põem o navegador em pé de igualdade com o Firefox), como a marca solidificada como o Google pode impulsionar o uso do seu navegador e quanto às recentes críticas ao I.E (veja o artigo sobre o governo alemão) vão afetar e redistribuir o mercado de navegadores.
O Google hoje apresenta um perigo muito mais palpável ao Firefox que a simples concorrência por fatias, já que eles são responsáveis por quase 90% da receita do Mozilla. Como todos devem saber o Firefox é um navegador completamente gratuito, e boa parte dos seus lucros vem de um acordo com a G-Force. Ao adotar o Google como buscador padrão e página inicial do Firefox, o Mozilla ganha um percentual de dinheiro para cada vez que o ícone do Google é clicado somando uma modesta quantia de 70 milhões anuais, quantia que a Mozilla deixaria de receber se o acordo não for renovado em novembro de 2011.
Se isso acontecesse, o Firefox iria à falência, mas é tudo só uma possibilidade. Primeiro porque ainda tem muita água para rola por debaixo da ponte até 2011, depois há outros sites de buscas com os quais o Mozilla pode se associar (Bing e Yahoo talvez), mas principalmente porque para uma empresa que tem coragem de sair da China alegando questões morais contra censura, o Google ia causar danos significativos às sua imagem de empresa leal. É esperar para ver.
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