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"Tempos de crise não afeta sites de conteúdo pornográfico."
2015 abalou a economia brasileira e mundial, e fez com que muitos sites tivessem seu faturamento comprometido por causa do preço de assinaturas, dentro diversos outros fatores. Mas se houve um segmento do conteúdo online que não se afetou – e pelo contrário, prosperou! – ano passado foi o de conteúdo pornográfico.
Sites de vídeo pornô como Xvideos, Xnxx, PornHub e RedTube tiveram uma alta nos seus acessos, especialmente por apresentarem um conteúdo diversificado e gratuito. No Brasil, o Xvideos, por exemplo, foi um dos 20 sites mais acessados em todo o ano – apesar do lançamento do jogo Fallout 4 ter influenciado no trafego de sites como PornHub durante alguns dias.
O conteúdo diversificado, inclusive, é uma das principais apostas dos sites de vídeos pornô, que, segundo pesquisas recentes, são mais acessados por mulheres no Brasil do que homens. Seu tempo de permanencia no site inclusive é maior, e as tags mais buscadas seriam “lésbicas” e “trio”, segundo o RedTube.
A popularização de sites pornô fez, inclusive, que marcas consagradas, como a Playboy, abolissem fotos de mulheres nuas pela primeira vez desde 1953. A justificativa seria que todo o conteúdo sexual está disponível online e numa variedade que a Playboy jamais poderia oferecer.
A grande abrangência do publico é tão significativa que sites de conteúdo pornô chegaram a ser bombardeados com spoilers de jogos como Fallout 4 e séries, como final polêmico da quinta temporada de Game of Thrones.
O PornHub, inclusive, lançou um serviço de streaming de vídeos pornô com maior duração semelhante ao Netflix, aproveitando a popularidade de sua marca e oferecendo um produto mais acessível do que a compra de DVDs – que têm tido uma queda constante na sua comercialização na última década.
Há inclusive espaço para descontração no mundo do entretenimento adulto. Em 2015 a goleado do Bayern de Munique sobre o Porto de 6 a 1 teve seus melhores momentos “subidos” em diversos sites, sob as tags “dominação” e “humilhação”, dentre outras que não convêm serem citadas. O mesmo ocorreu na Copa do Mundo de 2014 quando o Brasil levou 7 da Alemanha e foi eliminado do campeonato em casa.
2015 também trouxe um grande salto no acesso de sites pornô atraves de dispositivos moveis. Aplicativos como o WhatsApp podem ser diretamente implicados na estatistica de que quase um quarto de todas os celulares do mundo possuem ao menos algum tipo de material pornô resultado do compartilhamento direto entre usuários.
Mas um dos principais fatores que contribui para esse aumento é a flexibilidade que a maioria dos sites de conteúdo pornô apresentam para serem acessados diretamente de dispositivos móveis. Estatísticas mostram que 9 de cada 10 celulares conectados à web já acessarem sites desse segmento, e pelo menos 20% de todas as buscas a partir de smartphones são para sites pornográficos.
A demanda por esse conteúdo é tão grande que domínios com terminação .sex e .porn foram criados exclusivamente para conter material erótico e contudo 18+, gerando casos curiosos de grandes marcas como Disney e Apple comprarem domínios com essa especificação com o único intuito de preservar sua imagem, antes que outra pessoa o fizesse.
Mas nem tudo é um mar de rosas para a industria pornô online. Muita gente começou a explorar o uso de bloqueadores de anúncios em seus navegadores para evitar que propagandas fossem exibidas. Infelizmente essa uma das principais maneiras de geração de receitas em sites pornô, e o uso indiscriminado e sem configurações de exceção afetam diretamente no lucro das empresas que administram esses sites.
Para contornar isso, alguns dos maiores sites disponibiliza versões para navegadores moveis com propagandas reduzidas ou mesmo aplicativos para celular que exibem conteúdo ad-free, beneficiando o usuário e mantendo uma boa margem de lucros.
Tudo indica que 2016 tem tudo para ser um bom ano para o segmento de sites de vídeos pornô gratuitos, com o aumento das vendas de celulares no mundo inteiro em alta, e a popularização de formatos de páginas com visualização facilitada em smartphones, em especial com o abandono quase que completo que o Flash tem sofrido, muito em parte pelas inúmeras falhas de segurança detectadas em 2015, e a expansão do formato HTML5.
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