Mentes conectadas

"Cientistas unem tubos de nanotecnologia à neurônios."

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Por Romulo Vercosa
11 maio, 2011

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Parece que Raymond Kurzweil estava certo afinal: “A Singularidade está próxima”. Este inventor e futurista norte-americano é um dos mais respeitados pensadores da atualidade, embora suas idéias sempre tenham causado polêmica entre a comunidade científica. Para Kurzweil a humanidade aproxima-se de um evento evolutivo em escala global que este denominou de Singularidade – um estágio de tamanho avanço tecnológico onde homem e máquina passariam a ser indistintos, fazendo parte um do outro.

Segundo ele, esta fusão homem-máquina já acontece diante de nossos olhos. O estudo sobre a cibernética tem evoluído e ajudado muitas pessoas com problemas motores a recuperar parte dos movimentos de um membro faltoso ou danificado. A internet é outro bom exemplo, as redes sociais são apenas uma evolução esperada da mudança de paradigma entre a Web 1.0 para a 2.0. Hoje, já se fala numa possível consolidação da Web 3.0, baseada num processo de interação ainda mais forte, não apenas entre usuário-usuário mediado por computador, mas entre usuário-computador.

Por mais “ficção científica” que possa parecer, a união entre biológico-sintético parece estar mais próxima de acontecer do que o próprio Kurzweil poderia supor. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos foram bem sucedidos na missão de unir tubos de nanotecnologia – feitos a partir de silicone e germânio – à neurônios. Os resultados, publicados numa revista especializada, mostraram que as células cerebrais não só se desenvolveram ao longo dos tubos como acompanham as curvas do caminho.

Embora em estágio inicial a notícia foi recebida com certo interesse pela comunidade científica. As possibilidades são infinitas neste ponto, pois no futuro será possível conectar computadores à mente das pessoas, ou mesmo realizar a transferência de informações via redes sem fio, sem a mediação de uma máquina. Se você se lembrou de Neo e sua peripécias em Matrix, saiba que a idéia de mentes conectadas a computadores é bem mais antiga e já havia sido largamente abordada nos romances de William Gibson, em especial o clássico Neuromancer.

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