"Para muitos, o primeiro contato direto com a palavra “inteligência artificial” ocorreu com o ChatGPT, mas a verdade é que a sua presença é muito mais antiga e rica, especialmente no mundo dos games."
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ToggleO que você acha que surgiu primeiro: os jogos eletrônicos ou as inteligências artificiais? Se a sua resposta foram as IA, você está certo! Enquanto os videogames tiveram seu pontapé inicial em 1958 com “Tennis For Two”, o conceito das IA surgiu antes, com Alan Turing, no começo daquela década.
Atualmente, qualquer jogo eletrônico se vale das inteligências artificiais para diferentes aspectos do processo de criação. A multiplicidade de usos é tamanha que praticamente todos os elementos podem se valer de uma ajudinha das IA, desde a etapa dos conceitos até a identificação e correção de bugs.
Como é de se esperar, isso vale também para aquele jogo que vem fazendo o maior sucesso na internet: Palworld! Lançado em janeiro de 2024, o título viu sua popularidade explodir já durante as primeiras semanas, quebrando recordes de venda e público na plataforma Steam e na loja de jogos da Microsoft.
Palworld é um jogo eletrônico desenvolvido por Pocket Pair, uma produtora de games japonesa com poucos títulos em seu currículo, nenhum deles muito notável. O desenvolvimento do game começou em 2021 e foi uma aposta arriscada: ao final do processo, em 2024, o orçamento tinha se esgotado.
Felizmente, a aposta foi bem-sucedida, com Palworld alcançando recordes poucas vezes vistos na indústria. Dentre eles está o fato de que o título é o segundo na história da plataforma Steam a conseguir mais de 2 milhões de jogadores ativos simultaneamente, um feito celebrado pela indústria.
É claro que nem tudo são rosas e o jogo foi comparado negativamente com “Pokémon”, franquia na qual é parcialmente inspirado. Embora se tratem de games com gêneros completamente distintos, os designs dos monstrinhos chamaram a atenção dos fãs das duas franquias pelas similaridades estéticas.
Esse assunto, inclusive, levantou a questão das inteligências artificiais, com alguns detratores acusando o uso de ferramentas de IA para criação de “clones” de Pokémon, o que não parece ser o caso. Apesar disso, abre-se portas para trabalhar a utilização das IA como parte da produção do game.
Nos videogames, as inteligências artificiais podem ser usadas das mais diferentes maneiras, sendo a principal delas o comportamento de inimigos. É frequente que obstáculos em um game tenham padrões perceptíveis para os jogadores, o que os torna superáveis, mas extremamente previsíveis.
As IA surgem como uma solução que traz imprevisibilidade, sem estragar a experiência. O mesmo vale para a geração de elementos aleatórios, como cenários em games com geração processual. Um excelente exemplo é “No Man’s Sky”: cada lugar visitado se torna completamente único ao player.
Aliado a tudo isso, há também o controle do ambiente online, como na percepção do uso de palavras inapropriadas. Isso melhora a experiência de jogos com multiplayer pela internet, como é o caso de Palworld, cujas partidas são hospedadas em servidores que permitem até 4 players simultaneamente.
Basicamente, ter um servidor dedicado para jogos significa ter um espaço exclusivo para que as partidas online aconteçam. Para mais de 4 players simultâneos, é interessante ter uma hospedagem dedicada para o jogo em questão.
Então a nossa dica aqui é: jogue Palworld com um servidor próprio. Isso porque o limite de players aumenta consideravelmente, passando para 32 jogadores, algo ainda suportado pelos desenvolvedores de Palworld. E o melhor? Isso se conecta com as inteligências artificiais, já que o serviço de hospedagens mais modernos já contam com a ajuda da inteligência artificial para melhorar a experiência de quem cria servidores.
Até aqui nós mencionamos alguns aspectos das IA diretamente relacionadas com Palworld, mas a partir de exemplos mais gerais. Quando procuramos informações sobre jogos e IA na internet, os primeiros links envolvem aspectos do design, algo especulado, mas até o momento não comprovado.
Um outro lado, muito mais tangível quando comparamos com outros jogos similares, é o comportamento dos companheiros virtuais, chamados aqui de “Pals”. Os monstrinhos funcionam tanto como aliados dos jogadores, quanto com uma ameaça que precisa ser enfrentada em batalhas.
Aqui aplicam-se os mesmos princípios mencionados antes, com alguns Pals tendo comportamentos mais previsíveis do que outros e, consequentemente, sendo mais fáceis de capturar. Quanto maior o nível do monstrinho, maiores são as chances de que a IA dele seja aplicada com maior complexidade.
Nesse sentido, Palworld traz elementos que excedem a franquia com a qual costuma ser comparado, já que Pokémon apenas recentemente começou a dar ações fora de batalha para os monstrinhos. Mesmo assim, títulos como “Legends: Arceus” ainda não se aproximam da complexidade dos Pals.
Palworld serve como um exemplo recente notável de uso de inteligências artificiais. Embora ainda não saibamos a extensão dessa utilização, isso por si próprio é um mérito, levando em conta que parte da mágica está na ilusão de aleatoriedade. No fim das contas, todos nós gostamos do elemento surpresa.
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