Compras no Paraguay

"Minha viagem ao paraguay que serve como dica para os proximos marinheiros"

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Por Fabrizio Amaral Skuder
19 set, 2011

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Aloha, como todo brasileiro, eu também sempre desejei transpor a fronteira entre o abuso de impostos e o paraíso das insenção fisca. Fui para o Paraguai este final de semana. Confesso que foi mais que uma viajem, uma aventura. Como marinheiro de primeira viagem, apanhei em algumas situações as quais posto aqui para que quem desejar ir, aprenda com meus erros.

Contarei então, minha aventura, infelizmente não pude levar câmera fotográfica por diversos fatores que entenderão a seguir.

Liguei para  uma empresa de ” Turismo” especializada em levar ” Turistas ” para não dizer ” Sacoleiros ” ao Paraguay. A passagem saindo de Curitiba, para Ponta Del Lest, tem custo que varia de R$ 100,00 a R$ 140,00. Custo total que inclui ida e volta e um espacinho bem apertado no bagageiro para levar suas muambas. Fui com intuito de comprar um laptop, conversei com a atendente que por simpatia para não correr o risco de perder meu laptop na fiscalização da receita, disse que o motorista da viação poderia leva-lo por mim, guarda-lo juntamente com os pertences da empresa, uma vez que a fiscalização não inspeciona produtos da empresa de turismo, somente os turistados. Hehehe. Achei fascinante e interessante minha nova vida de muamnbeiro e sendo assim até pensei em comprar um carro, uma vez que o custo de um carro no Paraguay é cerca de 40% a menos que o mesmo modelo aqui no Brasil. Pena que não cabia embaixo do banco do motorista. Mas se o que vale é a intenção, vendo a minha sem incidência de impostos.

Por um breve imprevisto, não pude honrar a reserva feita, mas mesmo assim segui viagem no mesmo dia. Fui até a rodoviária e comprei passagem da viação BOQUERON, que me custou R$ 100,00 somente ida que me dava direito de ir até Asuncion, capital do Paraguay.

Foram longas horas de viagem com mais de 6 pontos de pedágio com média de preços de R$ 8,00 cada um. Chegando a Foz do Iguaçu, bem alí na fronteira do lado paraguaio, tivemos nós brasileiros de descer para declarar entrada no país, esta, necessária para quem for transpor o limite de 50 km dentro do país, mas como eu iria ficar por alí mesmo, no máximo nos próximos 500 metros, tal procedimento seria desnecessário para minha permanência temporária, porém mesmo assim, fiz a tal declaração para que eu pudessa fazer este post bem feito.

Entrando no Paraguay, existe uma infindade de pessoas, carros, bicicletas, motos e outros objetos motorizados não indentificados por mim, e o mais interessante, emplacado. Não se vê um sinal de trânsito ou semáforo, mas acho que se procurar bem, é bem provável que se encontre a venda em alguma daquelas lojinhas. Não vi um cachorro sequer, mas tem muitos espetinhos frescos nas esquinas. Acho que no Paraguay não há caninos.

Como dantes de ir, tinha eu feito  uma pesquisa de preços online no site comprasdoparaguay eu já tinha uma idéia fixa do que eu queria e onde ir, apesar de não saber onde ficava exatamente. Ao lonje visualisei o Shopping Nave, o que eu pretendia comprar, se encontrava somente na loja NAVENET, então, mergulhei fundo entre os chineses, brasileiros, sacolas enormes e paraguayos me oferecendo todo tipo de coisa, desde ” ferro ” ( armas ) e drogas até mesmo camisinhas sonoras. Não consigo imaginar alguém em um momento íntimo usando um produto deste com um som polifônico Nokia. Prefiro acreditar que eles oferecem seus produtos para todos indiscriminadamente, porque o fato de um paraguaio me oferecer insistentemente viagra me deixa no mínimo desconfortável a imaginar qual motivo o leva pensar que preciso disto.

Cheguei a NAVE, Shopping Nave, encontrei o produto que eu fui comprar, porém me assustei com o valor que difere em muito em relação ao que constava no site. No site, o produto constava com o valor de 598 dóllares, na loja NAVE, no entanto, o produto custava 780 Dollares, uma diferença um tanto considerável. Quando askeada (do verbo “ask”) sobre esta diferença, a mocinha semi-nua alegou que eram de donos distintos, garantia com tempo distinto, mas que poderia fazer pelo mesmo valor que constava na outra loja.

Não efetuei a compra, e foi ao recomendadíssimo Shopping LaiLai, êita alegria, alí sim, me senti no Paraguay. Os caras vendem de tudo, até a mãe por preço de banana amassada em final de feira. Visitei algumas lojas, e finalmente encontrei o que eu queria em uma loja da NAVE com valor abaixo do que constava no site. 595 dólares. Sem choro, comprei.

50% em dinheiro, 50% no cartão de crédito, fiquei espantado ao ver a minha segunda via do cartão de crédito ser descontada 2 milhões, de guarany, é claro,  fiquei feliz ao saber que em algum lugar do mundo, eu sou um milhonário. Uma coisa que ninguém me avisou foi que quando as compras no Paraguay são efetuadas por meio do cartão de crédito, é acrescido um valor de 10%, este justificado ser a cobrança da operadora do cartão. Isto me custou uma ida e vinda a Foz para poder fazer um saque no caixa eletrônico do Itaú, do Muffato Max, lugar mais próximo. Andeeeeeeeeeeeeeiii até meu tênis fazer calo.

No Paraguay, não ha emissão de nota fiscal, somente orçamentos. A loja me ofereceu um orçamento com menor valor a fim de apresentar na receita para pagar imposto sobre menor valor. Caso eu declarasse valor total, a minha despesa seria de aproximadamente esta: 600 dollares + 50%  de taxa de importação, ou seja, deixaria no postinho da receita, 300 dóllares a vista, equivalente a um salário mínimo no qual o governo não tem condições de aumentar.

O orçamento ficou no valor de 380 dollares, no caso, pagaria eu somente 40 dollares de imposto. Aceitável. Por sorte, a fiscal nem olhou pra minha cara direito e nem checou minha mercadoria e me liberou sem cobrar nada.

Pronto, feito minhas comprinhas, chegou a hora de atravessar a ponte e passar pela receita. Peguei uma fila enorme, preenchi o formulário da receita com o patrocinio da NAVE. Achei estranho, algo federal ter um patrocínio. Na rodoviária de Foz, achei estranho todos os ônibus para Curitiba estarem lotados. Não havia passagem em guichê algum. Demorei descobrir  o motivo pelo qual me negavam vender passagem. Consegui viajar ás 22:00 com conexão em Ponta Grossa, passamos por um posto policial no qual fizeram a revista de praxe, colocaram cães farejadores dentro do ônibus e fomos liberados para prosseguir viajem.

Cheguei em Curitiba para postar este blog com dicas que serão valiosas:

1 – Compre com dinheiro vivo no Paraguay, lá é aceitável Real, Dollar e Guarany, a menos que aceite pagar 10% a mais sobre o valor do produto no cartão de crédito. Lembre-se, você ainda paga 6% a mais por ser transação internacional.

2 –  Pesquise em várias lojas, o shopping Nave é o mais caro mesmo tendo os mesmos produtos das outras lojas da rede em outros shoppings. Shopping Del Lest contém grandes chances de ter produtos originais, apesar de serem mais baratos que no Brasil, são bem mais caros em relação ao restante do comércio local.

3 – Nunca pegue taxi, mototaxi ou vans do paraguay para atravessar a ponte. Há grandes chances de transportarem drogas e outras coisas ilícitas e no final das contas, pode sobrar pra ti.

4 – Se for pegar ônibus na rodoviária de Foz, não leve consigo sacolas pretas. Elas denunciam compras do Paraguay e mesmo sendo declarado tudo dentro dos conformes, as empresas seguem uma política de evitar o embarque de passageiros que transportam quaisquer coisa comprada do outro lado da fronteira.  Para que eu pudesse embarcar, tive de abrir mão da caixa do meu laptop, criar alguns arquivos para caracterizar bem de uso pessoal e dar um sumiço em toda e qualquer sacola preta que eu tivesse.

5 – Para ver as cataratas, o custo é de R$ 16,50 para brasileiros, R$ 24,00 para Mercosul e R$ 33,00 para os demais. Os ônibus saem da rodoviária local e o valor da passagem é de R$ 2,40 até o parque onde tem as cataratas.

Um último lembrete, a quota para transporte terreste é de 300 dóllares, aéreo é de 500 dóláres.

E pra quem quiser saber o que eu comprei, comprei um Laptop Acer 5560 com processador A6-3400M, o qual estou usando neste momento pra poder criar este post.

Total desta viagem com o valor das compras, foi de aproximadamente R$ 1.500,00 porque comprei outras coisinhas (não foi viagra, eu juro, estes comprimidinhos que eu trouxe é aspirina azul. )

Por este valor, eu não conseguiria nem sequer somente este laptop no Brasil.

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