Windows 8 Developer Preview with developer tools

Curioso para saber antes de todo mundo se o a nova versão do Windows vai mesmo superar todas as expectativas? Então anime-se, pois a Microsoft liberou na última terça o Windows 8 Developer Preview, a versão inacabada do novíssimo Windows 8 para que usuários de todo o mundo possam conhecer de antemão as principais novidades do sistema. Aproveite e faça já o seu download.

Mas antes de prosseguir um esclarecimento. O Windows 8 Developer Preview não é a versão final do Windows 8, ele sequer é uma versão de testes e apresenta diversas limitações se comparadas as versões RC – Release Candidate ou candidato a liberação, por ser a mais próxima daquela que chegará as lojas. A intenção da Microsoft com a versão Developer Preview é permitir que desenvolvedores se familiarizem com as alterações.

Isto é traduzido na produção de aplicações diversas criadas por desenvolvedores profissionais ou amadores e que sempre chegam à internet na mesma data de lançamento da versão final. Portanto se você não é um desenvolvedor Web, o Windows 8 Developer Preview poderá testar também a nova versão. Agora se você tiver um computador dando sopa por aí e quiser matar a curiosidade vá em frente e baixe os quase 5 GB do arquivo.

Baixar um arquivo tão grande pode levar horas dependendo da sua velocidade de conexão, mas acredite quando dizemos que a espera vale à pena. A instalação do Windows 8 Developer Preview é tão rápida (se comparada à das versões anteriores) que compensa o tempo gasto no download, em nossos testes ele levou pouco mais de 20 minutos.

A Microsoft já havia adiantado que o Windows 8 consumiria bem menos recursos da máquina do que a atual versão do Windows 7. Assim não será preciso trocar de computador para testar o novo sistema, o que você usa atualmente será o suficiente. Em nosso teste ficamos impressionados com o consumo reduzido da versão Developer Preview do Windows 8, cerca de 30% menor do que a da sua contraparte atual.

A única exigência é quanto à resolução da tela, mínima de 1024 x 768 pixels. A explicação vai de encontro a tendência atual de fornecer aplicações hibridas, com suporte tanto para desktops quanto para aparelhos móveis. Tal carência foi uma das maiores reclamações dos usuários de tablets quanto ao sistema Windows, pois o mesmo não possuía interface de suporte para uso nesta categoria de dispositivos.

Não é culpa da empresa, afinal quando o Windows 7 foi lançado nenhum analista de TI poderia prever o boom dos aparelhos móveis, em especial os tablets. A alternativa encontrada pela Microsoft para não perder o mercado para a rival Apple foi a criação do Windows Phone 7 – que apesar de competente, ainda deixava muitos usuários um tanto perdidos.

Na tela inicial do Windows 8 Developer Preview é visualmente inspirada nas tecnologias móveis, permitindo que usuários de desktops, notebooks, netbooks, smarthphones e tablets obtenham o mesmo desempenho, ou com o mínimo de alteração possível. Ao invés dos ícones convencionais e da barra de tarefas, o que temos são janelas de ação chamadas de “Live Tile”.  São retângulos coloridos que podem conter tanto um atalho para um aplicativo quanto informações atualizadas constantemente, como notícias ou a previsão do tempo.

Existe uma certa semelhança de estilo com outro serviço já oferecido pela Microsoft no Windows, mas pouco popular entre os usuários, o Windows Media Center. É claro que tudo fica muito no campo da interface, já que as funções de cada “Live Tile” são bem particulares. Contamos com o botão Start – devidamente integrado ao novo design. Janelas também desapareceram, substituídas novamente pelos “Live Tile”, que podem ser abertos em tela cheia ou redimensionados e posicionados da maneira que preferir.

Os aplicativos disponíveis na versão Windows 8 Developer Preview são bem limitados e não demonstram todo o potencial do sistema. Mesmo o desempenho do sistema, embora seja melhor do que o do Windows 7 não pode ser avaliado apenas com esta versão. De qualquer modo se o que a Microsoft queria era causar impacto, ela conseguiu. Já se especula se tal mudança não seria o início de uma novo modelo de internet, a chamada Web 3.0, com as bases calçadas na mobilidade e no compartilhamento de informações em tempo real. Quanto a isso, só o tempo poderá dizer.