Mount & Blade: Warband

Embora cenários medievais sejam a fonte mor de inspiração para todo RPG que se presa, é raro vermos um cenário 100% fiel às novelas de cavalaria. Isso porque diversas influências culturais contribuem para a criação de um game nos dias de hoje. Pegue como exemplo Warcraft, o mais famoso cenário de fantasia medieval dos games. Não há como negar que ele usa e abusa das referencias medievais, mas outros elementos ali inseridos possuem influências distintas que vão dos mitos da cultura medieval até princípios da revolução industrial.

Mas Mount&Blade: Warband foge de tudo isso e apresenta para os jogadores um cenário crível onde a arte da cavalaria é simulada com perfeição. Nele não há raças, mas facções. Nada de monstros, mortos-vivos ou dragões, seus piores inimigos são outros seres humanos, todos cheios de orgulho e ganância, assim como você o objetivo principal do jogo é conquistar novas terras, mas para isso é preciso preparar-se bem, pois os atuais donos dela não vão entregá-la de mão beijada para você.

O jogador pode montar sua própria facção se quiser. Independente disto, será preciso recorrer a muita estratégia para evitar ser massacrado, por isso prepare-se para fazer algumas alianças também. Na história medieval, não eram raros os acordos feitos entre nobres para evitar derramamento inútil de sangue. Esse sistema está muito bem representado através da possibilidade de realizar casamentos entre pessoas da sua facção e da facção inimiga. Outra forma de se obter aliados é através da barganha, elemento este transformado num sistema de diálogos, onde as perguntas escolhidas e repostas dadas podem redefinir os rumos da guerra.

Mas a grande novidade fica mesmo por conta do modo Multiplayer para partidas online. Nelas, até 32 jogadores podem participar, ocupando posições diferentes dentro de um gigantesco mapa. Cada região controlada equivale a um feudo, vence quem adquirir a maior quantidade de feudos – ou todos eles. Claro que se você não dispuser de tempo nem paciência para uma campanha de conquista tão longa, pode perfeitamente reduzir o número limite de jogadores em campo. No caso inverso, o de não possuir jogadores suficientes, basta atribuir os feudos restantes a facções controladas pelo computador.