Braid

No mundo dos games é raro encontrar um título que cause aquela sensação de mágica de novidade. Isto porque a maioria dos jogos disponíveis hoje, baseiam-se em plataformas já testadas e comprovadas. Poucos são aqueles que inovam verdadeiramente a ponto de merecerem elogios.

Braid é um destes jogos, embora a primeira vista não pareça. Após uma grave discussão, nosso protagonista Tim e a princesa tem um desentendimento e ela decide nunca mais vê-lo. Desolado, o jovem arruma suas coisas e resolve partir do reino para nunca mais voltar, entretanto, ele descobre que seu amor foi raptado por uma terrível criatura. Agora, Tim deve desafiar perigos dos mais diversos tipos para salvar a princesa.

Apesar do enredo batido, são os demais elementos em Braid que impressionam pelo nível técnico, à começar pelos gráficos. Embora seja um jogo que utilize a velha plataforma 2D, ele possui incríveis 119 MB, gastos com gráficos fabulosos e efeitos sonoros de cair o queixo. Os cenários são variadíssimos, com uma riqueza de detalhes poucas vezes vista em jogos do gênero.

Mas destaque mesmo fica por conta da jogabilidade. O jovem Tim possui a fantástica habilidade de manipular o tempo ao seu bel prazer. Significa que em Braid o jogador tem controle total sobre suas ações, podendo voltar no game, antes de ter executado uma ação incorreta, ou mesmo antes de morrer durante a fase! O inverso também é possível, avançando alguns instantes no tempo para livrar-se de perigos, evitando surpresas desagradáveis. Tudo isso ao alcance de um botão (“Shift”).

Braid é um jogo raro. Promete agradar a todos os públicos, desde os jogadores mais experientes e adeptos do gênero plataforma, até os mais jovens, acostumados com o alto nível de detalhe dos games comtemporâneos. O desafio encontrado no jogo não é excepcionalmente difícil, mas exige bastante atenção e um pouco de prática, principalmente para manipular o tempo. Em suma, um game ideal para todas as idades, com uma vantagem adicional: ele é todo em Português.