Facebook retira do serviço páginas usada por criminosos

"Para Justiça Britânica o uso de redes sociais por prisioneiros ofende a moral pública."

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Por Romulo Vercosa
11 jun, 2013

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O Facebook concordou em retirar do ar cerca de 30 páginas do serviço, depois que prisioneiros com acesso a rede social a utilizam para ameaçar suas antigas vítimas. A decisão foi tomada pela justiça britânica, e não foi a primeira no país, onde os casos de ciberbullying se multiplicam, mas foi a primeira vez que em que a intimidação envolveu criminosos condenados.

O caso abriu uma discussão em toda a Inglaterra sobre os limites permitidos aos seus detentos. Situações como esta parecem raras, mas podem afetar toda política de ressocialização de criminosos. “O abuso no uso de redes sociais por prisioneiros é ofensivo à decência e à moral pública”, disse Jack Straw, ministro da Justiça britânico. 

Segundo Straw, outras formas para se impedir este tipo de abuso vem sendo estudadas pelas autoridades. Ele assegura que a intenção não é barrar o direito a comunicação tido pelos presos, mas sim impedir que ferramentas como a internet sejam utilizadas de maneira inapropriada.

O ministro cita o caso da telefonia celular, terminantemente proibida em penitenciárias do país e do mundo. As redes sociais, neste caso, exercem a mesma função dos aparelhos ao permitir que criminosos condenados entrem em contato com suas vítimas, parentes das mesmas ou comparsas em liberdade.

Medidas para impedir a entrada de aparelhos celulares são bastante eficazes na Inglaterra. É preciso agora que autoridades, cidadãos e representantes dos direitos humanos sentem-se para discutir como viabilizar o acesso a conteúdo na internet sem podar o direito dos prisioneiros à informação.  

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