Novo "Call of Duty" quer fazer história

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Por Jean Carlos
11 nov, 2009

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O videogame da Activision Blizzard é o mais esperado do ano, tendo recebido excelentes críticas de blogs de games e de analistas de Wall Street. Mas ele também chega num momento em que uma economia convalescente está reduzindo vendas do setor.

A Activision apostou muito no lançamento e pode perder muito se o jogo não responder às expectativas. As ações da empresa se valorizaram em 30 porcento neste ano, mais do que sua principal rival, a Electronic Arts Inc, que ganharam 18 por cento.

“Este é o jogo que pode driblar a tendência econômica das festas deste ano”, disse o analista da MKM Partners Eric Handler. Ele estima que o título pode representar um lucro por ação de 16 centavos de dólar para a Activision no último trimestre, mais de um terço do lucro da empresa.

Analistas dizem que a audiência de “Call of Duty” é de gamers dedicados, em geral jovens do sexo masculino, que provavelmente irão às lojas em massa para comprar o jogo de 60 dólares. A Activision fez parceria com 12 redes de lojas, inclusive a Game Stop Corp e a Best Buy. Como resultado, mais de 10 mil lojas abrirão à meia-noite no lançamento na América do Norte.

As estimativas de vendas variam de 11 milhões a 13 milhões de unidades até o fim de 2009, o que deixaria o jogo entre os mais vendidos da história.

A Activision disse que as pré-vendas já atingiram um recorde. O jogo de guerra provavelmente será “um dos maiores lançamentos da indústria do entretenimento de qualquer meio de todos os tempos”, disse o presidente da empresa, Robert Kotick, nesta semana.

Handler, da MKM, espera que “Call of Duty” venda aproximadamente 5 milhões de unidades no primeiro dia e 7 milhões a 8 milhões na primeira semana. Isso seria mais do que o campeão de vendas do ano passado “Grand Theft Auto IV“, da Take Two Interactive Software. Esse título vendeu 3,6 milhões de unidades no primeiro dia e 6 milhões na primeira semana, ou mais de 500 milhões de dólares em vendas.

O novo jogo é o sexto da série “Call of Duty”, lançada em 2003. Ele tem cinematografia impressionante e os jogadores fazem o papel de soldados de elite caçando alvos na América do Sul, Rússia, Cazaquistão e Afeganistão.

Os jogadores navegam por cenários modernos que vão de atirar enquanto correm em snowmobiles a mover-se sorrateiramente por locais áridos, buscando atiradores inimigos e evitando helicópteros.

O lançamento da semana que vem acontece também num momento estranho. Na quinta-feira, 13 pessoas foram assassinadas e 30 se feriram numa chacina em Fort Hood, no Texas, o maior complexo militar do mundo. Um psiquiatra do exército norte-americano treinado para tratar pessoas com ferimentos de guerra é o principal suspeito da chacina.

Perguntada se a matança afetaria o lançamento, a Activision disse que manterá a programação e que não há nada que sugira uma ligação entre o incidente em Fort Hood e videogames.

“De acordo com todos os indicadores esperamos que ´Call of Duty: Modern Warfare 2´ seja o maior lançamento da indústria de entretenimento de 2009 assim como o maior lançamento de videogame da história da GameStop”, disse o vice-presidente executivo de marketing da rede de lojas, Tony Bartel.

O novo “Call of Duty” assustou a concorrência da Activision, dizem alguns analistas. “Um monte de empresas mudou o lançamento de seus próprios jogos ou para bem antes deste ou para depois das festas e isso só aumenta o sucesso de ´Call of Duty´”, disse o analista do grupo EEDAR Jesse Divnich.

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