"Em vez de links, novo sistema de buscas, ainda em fase de testes, vai encontrar as informações que o internauta quer."
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Buscas na web são bastante simples. Você digita o nome de um restaurante, por exemplo, e recebe como resultados links para a página oficial, resenhas e o endereços de outras páginas sobre o estabelecimento. Mas e se o mecanismo de busca fosse capaz de interpretar o internauta e, em vez de links, trouxesse diretamente as informações desejadas?
É esse o conceito que o Yahoo promete desenvolver para sobreviver no mercado de buscas na web – setor que é largamente dominado pelo Google. Segundo relatório da comScore, empresa que mede a audiência de vários sites, o Google foi responsável por 64% das buscas em abril deste ano, contra 20,4% de buscas feitas pelo Yahoo.
“As pessoas não querem realmente fazer buscas”, disse Pradbhakar Raghavan, chefe do Yahoo Labs e diretor de estratégia de buscas da companhia, em um encontro com repórteres em São Francisco, na terça-feira (19/05). “Eles querem é descobrir rapidamente as informações que estão procurando, e não ficar navegando por uma lista de links.”
Para resolver esse problema, o Yahoo está tentando descobrir a “intenção” dos internautas no momento da busca, para oferecer os resultados desejados. Uma busca sobre a palavra “Paris”, por exemplo, traz dados sobre a cidade, informações sobre turismo, opções de reservas de passagens aéreas, vídeos, imagens e outros dados sobre a capital francesa. No caso de uma pesquisa sobre uma celebridade, o resultado traz fotos, vídeos, dados como a data de nascimento, uma biografia curta e a filmografia (caso seja um ator de cinema ou TV).
Atualmente, esse conceito é explorado publicamente pela empresa no Glue, mecanismo de buscas ainda em fase de testes que pode ser acessado por qualquer usuário. Mas o Yahoo tem uma versão ainda mais poderosa do Glue, testada com poucos usuários por enquanto.
A estratégia de abandonar a tradicional lista de links não é nova: outros sites, como o recém-lançado Wolfram|Alpha e o próprio Google procuram retornar mais informações – como vídeos e imagens – sempre que uma pesquisa é feita. O fundamento do Yahoo, porém, é interessante – ao reinventar sua busca, a companhia deixa de competir com o Google nos mesmos parâmetros. Com isso, a empresa pode ter uma chance de recuperar o espaço perdido para o Google desde o surgimento do mecanismo.
Objetos
“No futuro, nós vamos parar de nos preocupar com quantos bilhões de páginas podem ser indexadas”, disse Pradbhakar Raghavan. Segundo ele, o mundo em que vivemos é cheio de objetos – políticos, professores, monumentos, restaurantes, casas. Cada uma dessas ‘entidades’ tem atributos diferentes. Por isso, o objetivo é organizar os resultados de uma maneira que esses objetos se relacionem.
Parte do desafio é entender a intenção do internauta. Por exemplo, há várias cidades no mundo chamadas São Paulo e descobrir sobre qual delas um usuário está pesquisando é a parte mais complicada. Mas se o internauta faz essa busca no horário do ‘rush’, ele pode estar querendo saber mais sobre o trânsito.
O outro lado do problema é entender o conteúdo dos sites, um trabalho que pode levar ano para ser completado, reconheceu Raghavan.
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