Google parte para a guerra contra a Microsoft

"Agora é pra valer. Larry Page e Sergey Brin acabam de jogar uma bomba nuclear no quintal de Bill Gates"

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Por Antonio Manoel
19 fev, 2009

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Agora é pra valer. Larry Page e Sergey Brin acabam de jogar uma bomba nuclear no quintal de Bill Gates. O Google Pack passou a adicionar atalhos para o Google Docs, Calendar e Gmail na área de trabalho dos PCs em que for instalado. Que presentão, hein?

A mudança afeta por enquanto apenas quem baixar o pacotão de aplicativos em inglês. Pode até parecer uma alteração discreta à primeira vista, mas tem tudo para deixar o pessoal da Microsoft com sangue nos olhos. Todos sabem que, depois do Windows, a menina-dos-olhos de Redmond é o Office, ainda muito popular dentro e fora do mundo corporativo – e garantia de uma bela grana.

A suíte de escritórios está sendo bombardeada por todos os lados. É Bill, quem mandou você se aposentar? Primeiro vieram os pinguins do OpenOffice, apoiados por governantes encrenqueiros que teimavam em economizar alguns milhões de dólares com a compra de licenças.

Depois, veio essa tal de Web 2.0, com um monte de clones despidos de vários recursos (que, convenhamos, a maioria das pessoas não utiliza), como o próprio Google Docs, o Zoho, o Thinkfree. Até a Adobe fez um editor de texto, Bill, o Buzzword. Todos eles permitem colaboração, coisa que o Microsoft Office desconhece até hoje.

O Google fez toda a manobra na surdina. No fim do ano passado, deu um chute no StarOffice, que vinha incluído no Google Pack. Ao que tudo indica, o povo de Mountain View não engoliu o acordo que a Sun firmou com a Microsoft para promover o Live Search. É, Bill, você mexeu no vespeiro bem antes de abrir aquela jarra cheia de mosquitos.

Os atalhos para o Docs, Calendar e Gmail funcionam integrados com o Google Chrome, cujo download já vem predefinido – se vocês não lembram, o Firefox também ganhou cartão vermelho. Quando o usuário clica nos ícones dos três serviços, a janela do Chrome que se abre não tem botões ou barra de endereços: parece que foi executado um programa.

No caso do Gmail, na primeira execução o internauta inclusive decide se quer tornar o e-mail como padrão. E, tirando o Google Agenda, os outros dois serviços já contam com acesso Offline. E agora, Bill? Hora de pedir para o Steve Ballmer dar um grito: “Developers!!!”

 

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