"Cirurgia plástica" em fotos digitais de pessoas comuns é nova febre

"Já existem empresas especializadas no retoque de fotos pessoais."

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Por Jean Carlos
12 ago, 2009

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Tirar as gordurinhas a mais, afinar o nariz e remover tatuagens no computador não são mais privilégios dos famosos. Empresas especializadas em retoques de imagens digitais afirmam estar recebendo cada vez mais pedidos de pessoas comuns, que buscam “ficar bem na foto”.

Segundo o site do jornal Daily Mail a agência High Street disse que os pedidos de clientes aumentou em cinco vezes. “É uma cirurgia plástica sem faca” disse o porta-voz de outra agência, a Snappy Snaps.

“Eu queria aumentar meus seios, diminuir a barriga e remover minha tatuagem. No rosto eu preferiria dentes mais corretos e mais brancos, um nariz mais fino e sem o defeito que ele tinha, olhos menos estrábicos, um maxilar menos pronunciado e um tom de pele mais homogêneo” declara Erin Graham, uma londrina de 31 anos que contratou os serviços da Snappy Snaps e se disse satisfeita com os resultados.

Para os que não são íntimos de ferramentas de retoque como o software Adobe Photoshop também existem alternativas. A câmera HP Photosmart promete afinar a silhueta dos retratados através de um truque que encolhe apenas o centro da foto, sem distorcer o ambiente, noticiou o site The Sun.

Na Itália, cientistas da Universidade de Siena identificaram 49 áreas no rosto que, com pequenas mudanças, podem alterar completamente a aparência de uma pessoa. A partir disso, construíram um software que identifica essas áreas em uma fotografia e é capaz de modificá-la de acordo com uma base de dados de celebridades como Angelina Jolie e George Clooney. E ele não copia o traço da personalidade, mas faz uma mistura com as melhores características para o rosto analisado.

Mas para Jo Swinson, do partido Liberal Democrata do Reino Unido, isso pode trazer consequências ruins para as crianças, que ao verem sempre imagens inatingíveis podem ficar obcecadas pela sua aparência no futuro. Por isso, ela defende que anúncios para menores de 16 anos com pessoas retocadas sejam banidos.

“Elas não deveriam sentir constantemente a necessidade de se medir pelas estreitas escalas as formas e tamanhos manipuladas digitalmente” disse Swinson em nota publicada por Diane Cooke no site Manchester Evening News.

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