"Para evitar que boas ideias se percam, existe um programa de fomento à inovação e competitividade no estado"
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Ideias dando certo tem aos montes espalhadas pelo mundo, mas o que faz uma ideia ser atrativa e se tornar uma grande empresa como o Nubank, Uber e Buscapé, por exemplo? Talvez a ousadia e a capacidade de ver a solução para uma problema sob outra ótica sejam o grande segredo do sucesso, afinal, não é só ter uma boa ideia, é levar essa ideia a facilitar a vida das pessoas. Esse é o princípio das startups.
Startup é uma ideia com potencial para se tornar empresa. É o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas que estão no início de suas atividades. Startup é juventude, é inovação em qualquer área ou ramo e esse tipo de empreendedorismo tem se tornado cada vez mais forte com o advento dos smartphones.
Quer um exemplo mais concreto de startups que se tornaram empresas bilionárias? O Nubank, Uber, Buscapé, Netflix, Paypal e a própria Google um dia já foram startups e se tornaram empresas bilionárias. Com exemplos tão extraordinários, é cada vez mais comum ver pessoas investindo em suas ideias em busca de ser dono do próprio negócio.
Nesse cenário de independência por meio da tecnologia, várias startups surgem (e algumas deixam de existir porque não tiveram ajuda) e vão dando uma nova forma do fazer empreender. Para evitar que boas ideias se percam, no estado do Piauí, por exemplo, existe um programa de fomento à inovação e competitividade.
O tal programa se chama INOVA Piauí. Ele é um programa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) voltado para o desenvolvimento tecnológico e incorporação de inovação nos setores produtivos do Piauí, como medida de geração de riquezas, empregos, eficiência e capacidade competitiva. Para isso, o programa promove ações articuladas entre instituições públicas, privadas e universidades fortalecendo o ecossistema de inovação do Piauí.
Esse programa inovador abriu edital lançado pela FAPEPI em parceria com o Sebrae e a Baita Investimentos em março deste ano, chamando startups criadas no estado para se apresentarem. Ao todo 17 startups foram selecionadas para participar do INOVA Piauí e foi disponibilizado o valor global de R$ 840.000,00 oriundos do Tesouro Estadual do Piauí.
Todas as startups selecionadas são de base tecnológica, soluções tecnológicas ou de inovação obrigatoriamente e tem como limite de investimento o valor de R$ 60 mil reais para cada projeto aprovado. Para se ter noção, há ideias vindas de todos os setores, como: Turismo, Energias Renováveis, Agronegócio, Agricultura familiar, Apicultura, Fruticultura, Piscicultura, Suinocultura, Avicultura, Cadeia do Babaçu e Tecnologia da informação e Comunicação.
O processo, que ainda está acontecendo, terá três fases diferentes: pré-aceleração, aceleração e incubadora. Na pré-aceleração os projetos das startups passarão por um processo de validação do seu segmento de clientes e consolidação da proposta de valor. Além disso, cada startups será acompanhada semanalmente por mentores que vão auxiliar na elaboração do MVP (Mínimo Produto Viável). Somente depois da comprovação de viabilidade do produto é que o projeto está apto receber os recursos financeiros.
De acordo com o presidente da FAPEPI, Francisco Guedes, o programa é inovador para o Piauí. “Posso afirmar que é um programa inovador para o Piauí, que já vem sendo implantado em outros estados com muito êxito. É um programa que seleciona as melhores ideias, proporciona capacitação de aperfeiçoamento, forma empreendedores e leva para o mercado em busca de investidores. A pesquisa só é inovadora se for aplicada na ponta, beneficiando a população e gerando renda. Com certeza é um grande avanço para o Piauí e para o Brasil”, disse.
Ainda de acordo com Francisco Guedes, o Piauí sai ganhando muito incentivando esse tipo de ação, pois potencializa ideias empreendedoras e dá estrutura ao pioneirismo. “De forma prática os ganhos vão desde arrecadação em impostos, geração de emprego, abrir portas para o pioneirismo e também a possibilidade de crescimento incalculável para os idealizadores, já que se trata de um negócio escalável, ou seja, que não terá barreiras físicas”, explicou.
O INOVA Piauí é o primeiro programa da FAPEPI no âmbito da inovação, motivado pelas recentes mudanças na legislação nacional, como o Marco legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) sancionado em janeiro do ano passado. Com isso, através do Governo do Estado, o programa, está investindo R$ 4,1 milhões em 18 meses.
As startpus pré-selecionadas são: Imersão 360, Mediconic, O Seu Conteúdo, Lander, SociAutism, Monar, Fito Fit, ADMEI, Kids Empreendu, Ecodrytec, Dimenuto, FindFer, Go Caju, Thefarm, Babcoall e Fuzzy.
Por Mariana Duarte
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