Windows 8 surpreende com sua interface e funcionalidade interativa.

Cresci com Windows e até hoje uso Windows no meu laptop. Mas no último ano comprei um iPhone e ganhei um iPad. Algo mexeu comigo: fui cativada pela simplicidade, pelo design, o quase nunca “dar pau”. Pensei seriamente em abandonar Bill e abraçar Steve.

Ontem (12), ao chegar a um evento da Microsoft em Anaheim (Califórnia), senti como se cruzasse com um velho conhecido, aquele que ainda tenta se manter jovem e atual. O clima era muito mais amigável e relaxado do que nos lançamentos cheios de pompa e ego organizados pela Apple.

A Microsoft apresentou seu novo sistema operacional, o Windows 8, que vai funcionar com tablets, notebooks e desktops, facilitando a mobilidade de dados entre os aparelhos e com telas sensíveis ao toque.
Será sua maior mudança de visual desde o emblemático Windows 95 e também um “vai ou racha” para a empresa que, apesar de liderar as vendas de sistemas para PCs, ficou para trás na onda de tablets e smartphones, mercados em expansão conquistados por Apple e Google.

O Windows 8 ainda não tem data de lançamento, mas a Microsoft emprestou um tablet da Samsung em fase de testes com o novo sistema operacional para cada um dos 150 jornalistas presentes no evento.
Levei o meu para o quarto e passei o resto do dia testando. Vem com um teclado sem fio, uma canetinha e uma base de apoio com conexão para fonte, cabo de rede, USB, HDMI e fone de ouvido. O processador é intel i5 (segunda geração) e são 4 Gbytes DDR3 de memória RAM.

O tablet tem tela de 11,6 polegadas (1.366×768 de resoluçã), câmera dupla (frontal e traseira), espessura de 12,9 mm e peso de 909 gramas –um pouco mais pesado do que o iPad 2, com cerca de 600 g– e 64 Gbytes de espaço em disco. Não é tão agradável de navegar segurando só na mão, por causa do peso, ou no colo (esquenta bem!).

No lugar de ícones antiquados espremidos num canto, o Windows 8 tem “azulejos” (tradução ao pé da letra de “tiles”), que são pequenos painéis atualizados em tempo real. Há aplicativos que reúnem redes sociais e fotos num só espaço e ferramentas de compartilhamento de notícias bastante simples e agradáveis.

Mas os aplicativos estão longe de rodar perfeitamente, e tive que reiniciar o tablet diversas vezes. Ao menos, reinicia absurdamente rápido, em menos de dez segundos.

Penso no meu iPad, que raramente me deixou na mão. Mas o aparelho da Samsung está em fase de testes e fica difícil julgar dessa maneira. De cara, a sensação é de que há muito chão pela frente.